domingo, 10 de outubro de 2010

Noite escura...

Esta noite, é só mais uma, daquelas em que penso em ti.
A saudade de ti, entorpece-me na totalidade o meu corpo e a minha alma. Mas, hoje é diferente, é a 1º vez que escrevo para ti.

Não sei o que me levou a fazer isto, unicamente sinto, e tenho que libertar os meus sentimentos. Sentimentos que não dizem nem querem dizer nada, supérfluos ou unicamente dispensáveis a qualquer ser humano. Se calhar eu sou assim, algo perdido e fora do lugar, talvez um dia o encontre, talvez não.
Insistem em dizer que "O olhar mudo reflecte a prisão da alma", amargas palavras, mas como eu as compreendo. Quem me olha nos olhos não vê nada, porque neste momento, eu não consigo ser completo, sem que saibas o que sinto. Estou aprisionado ao sentimento que nutri por ti.

A rua, torna-se o palco em que insisto em encontrar uma resposta. As pessoas passam e eu continuo, a natureza segue o seu ciclo e eu ali a observar atónito, e o céu…o céu é o único que se mantém lá, mas nem esse consigo contemplar, porque nem as estrelas todas juntas conseguiriam ofuscar o brilho dos meus olhos quando me dizes uma única palavra que seja, e quando não as dizes, tenho medo que elas caíam, atraídas pelo buraco negro em que eles se transformam, quando não me falas…um dia como hoje.
  
Anseio o dia, em que possa tocar com a minha mão a tua, e sentir o mundo que tanto imaginamos os dois. Não sei se acreditaste, no que disse, quando perguntas-te qual o meu maior desejo naquele momento, mas o meu maior desejo naquele instante, tornou-se no meu maior desejo que tenho comigo. É estranho, eu sei, não pude precaver-me do que sinto, se soubesses as vezes que eu disse que nunca mais iria voltar a sentir isto. Mas desta vez eu sei que é diferente, é impossível, é unicamente um sentimento que tu não sabes nem queres saber, e nem eu sei, se algum dia, te conseguirei demonstrar.
A tua voz, ainda hoje permanece intacta na minha memória. Acho que foi quando a ouvi que comecei a deixar de ter medo de todos os fantasmas que me assombraram no passado, e comecei a acreditar que o futuro era algo de bom e positivo, passível de acontecimentos agradáveis, foi um momento único. Fizeste-me tão bem durante aquele curto espaço de tempo, em tão pouco tempo tinha sorrido mais que nos últimos meses.

Partilha-mos mais que uma simples conversa entre duas pessoas, mas neste momento, e da maneira como me sinto, tenho duvidas e pergunto-me constantemente…Será que sentiste o mesmo que eu? Será que não passou tudo de uma partida da minha imaginação? Quem me dera ter a coragem suficiente para te perguntar, mas nem coragem para um simples “olá” tenho, com o receio que me ignores de novo. Prefiro viver nesta ilusão, e esperar um dia que o tempo a apague.


Tenho saudade, das nossas conversas,
Tenho saudade da naturalidade que me transmitias em tudo que fazias e dizias,
Tenho saudades de ti, e da maneira como me fazias sentir compreendido,
Tenho saudades de tudo o que te envolvia a ti e a mim, o nosso mundo :’(
Eu sei que não é certo sentir isto, mas não o posso mudar.

Tempo, tempo…
O tempo, o tempo é o meu pior inimigo neste momento, porque tudo o que eu faço, leva-me para o mundo que nós imaginamos e sonhamos, e o tempo, apenas me tem como prisioneiro e escravo, do qual eu sou um eterno servo.
Mas com o tempo, eu aprendi que quer sejam três dias que “vivi” contigo, ou três anos de um passado, eventualmente em algum momento esse tempo acaba. Mas há uma coisa que vai continuar verdadeira, independente do tempo que passe, o que sinto por ti,e, um dia, vou estar contigo, nem que seja 1 minuto...e por agora só te posso dizer um…Até breve A. G.

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